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Caminhoneiros e sindicatos ameaçam governo Bolsonaro com nova greve

Caminhoneiros e sindicatos ameaçam governo Bolsonaro com nova greve

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As reivindicações não são muito diferentes das feitas anteriormente. O preço do diesel, sem o subsídio dado pelo ex-presidente Temer, voltou aos mesmos patamares observados à época da greve, na última semana de maio do ano passado. O piso da tabela do frete calculada pela Escola de Agronomia da USP (Esalq), diz Cadore, está entre 25% e 30% abaixo do custo mínimo. Os empréstimos de 30 mil reais oferecidos pelo BNDES aos transportadores não chega aos autônomos, garante o líder caminhoneiro. Mesmo assim, ele diz, não é o momento para paralisações.

Um dos motivos para se posicionar de forma contrária à paralisação está justamente na divisão política entre os profissionais. Cadore se diz de direita. Segundo ele, a maioria da categoria se identifica com esse espectro político. Contudo, os sindicatos, ligados à esquerda, estão procurando os trabalhadores para convencê-los a parar. “Os agitadores do movimento estão nos sindicatos. São eles que estão forçando a barra para iniciar uma greve para puxar outras categorias”, afirma.

Walace Landin, o Chorão, outro líder dos caminhoneiros, prega responsabilidade. Segundo ele, “há claramente um movimento político”. Ele conta que, após a manifestação que parou o país em 2018, sindicatos que, até então, não representavam a categoria, agora querem protagonismo. Uma das frentes de trabalho dessas organizações é passar uma lei, por meio de um novo Marco Regulatório que está sendo discutido na Câmara, que obriga a homologação nos sindicatos de todos os contratos de trabalho dos caminhoneiros. “Querem acender o pavio, mas querem que outros assumam a greve”, diz.

Uma paralisação no fim do primeiro ano de mandato do governo Bolsonaro seria uma catástrofe. Em 2018, a greve abortou o início de uma recuperação econômica. Dessa vez, o efeito poderia ser pior, uma vez que Jair Bolsonaro terá pelo menos mais três anos pela frente, enquanto que Temer estava já no fim de seu mandato. A expectativa dos agentes econômicos, como empresários e investidores, era que, como Bolsonaro estava respaldado pela maioria dos caminhoneiros, esse risco estaria descartado para o seu governo. Essa confiança seria jogada no lixo com uma greve.

Alguns efeitos práticos já podem ser aventados. O primeiro seria a perda do parco crescimento econômico previsto para este ano — menos de 1%. O PIB pode estagnar ou até mesmo retrair a depender do tamanho da paralisação. O segundo seria o aumento da pressão inflacionária causada pela escassez de produtos nas grandes metrópoles. E, por fim, o ato serviria de palanque político para Lula. Tarcísio de Freitas, que constantemente é alçado à condição de melhor ministro da Esplanada, precisa ter um desempenho digno da posição para afastar de vez o risco de greve.

Publicação: 26/11/2019

Fonte: Portal Veja On-line

Imagem: Portal Veja