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Comércio global tem forte queda e esfria expectativas

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O comércio mundial teve acentuada contração em setembro, o que frustrou as esperanças de que o pior da desaceleração econômica global que tem afetado os exportadores já teria passado e que a situação só tenderia a melhorar.

O volume do comércio global caiu 1,3% em setembro, em relação ao mês anterior, após expansão de 0,5% em agosto, segundo dados do CPB World Trade Monitor, da Holanda. A queda de setembro reverte as altas dos dois meses anteriores, o que tinha gerado expectativas de que o pior momento da desestabilização causada pela guerra comercial teria ficado para trás.

As notícias sobre as negociações entre EUA e China são, no melhor dos casos, incertas, e o comércio continua fraco, disse o economista Timme Spakman, do ING.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o comércio mundial caiu 1,1% em setembro, a quarta retração consecutiva na comparação ano a ano e o período mais amplo de queda do comércio exterior desde a crise financeira de 2009, segundo o relatório do CPB.

EUA e China representaram os maiores entraves à expansão dos volumes do comércio internacional, o que reflete, em boa parte, a guerra comercial que já dura dois anos entre as duas maiores economias mundiais. O volume dos produtos importados pelos EUA caiu 2,1% em setembro, ante o mês anterior. O volume dos produtos adquiridos pela China recuou 6,9%.

O comércio bilateral entre EUA e China vem diminuindo a taxas de dois dígitos desde o fim do ano passado. O comércio de bens foi o mais afetado, por ter sido alvo de tarifas impostas pelos dois países.

Em setembro o valor da soja exportada pelos EUA – que enfrenta tarifa de importação retaliatória adotada pela China – caiu em US$ 1 bilhão se comparado ao mês anterior. Esse foi o principal motivo da queda de US$ 1,8 bilhão do total das exportações dos EUA, segundo dados oficiais americanos.

No entanto, a perda de impulso comercial foi generalizada entre produtos e países, uma vez que a incerteza sobre as políticas comerciais desestabilizou a cadeia de suprimentos mundial e se refletiu na queda dos investimentos produtivos. Em setembro o volume do comércio exterior dos países emergentes asiáticos, excetuando-se a China, caiu 3,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Devido às cadeias de valor regionais e mundiais, o recuo dos produtos importados pela China resultou também numa diminuição significativa da demanda por importações da parte de outros países asiáticos, disse Spakman.

A zona do euro mostrou mais resiliência, com dados comerciais positivos, embora fracos, em setembro.

Em vista da persistência da fragilidade do comércio mundial, não se prevê atualmente uma recuperação para o ano que vem, advertem os economistas. Embora consideremos que o crescimento do comércio mundial tende a se estabilizar no fim de 2019, vemos pouca chance de uma intensificação significativa do crescimento no ano que vem, mesmo se as tensões comerciais EUA-China se dissiparem, disse um economista.

Os números de comércio exterior do CPB empregam dados estatísticos do valor do comércio nacional de bens para criar índices nacionais, regionais e mundiais de comércio exterior, corrigidos de modo a neutralizar os efeitos das variações dos preços.

A organização, além disso, padroniza os dados de produção industrial. Sua estatística de produção industrial mundial apresentou um quadro ligeiramente mais otimista, com expansão mês a mês de 0,5% em setembro, que amplia a alta de 0,1% registrada em agosto.

A expansão, no entanto, foi exclusivamente impulsionada pelas economias asiáticas, com a maioria das demais regiões industrializadas tendo continuado a mostrar contração.

Publicação: 27/11/2019

Fonte: Valor On-line

Imagem: Valor Econômico